O réu Raimundo Nonato Alves da Silva, acusado de matar o então prefeito de Altos, César Leal, em 1996, foi condenado nesta segunda-feira (25) a 19 anos e nove meses de prisão em regime fechado. O julgamento, 23 anos após o crime, aconteceu em Teresina.
Segundo o promotor João Malato Neto, que representou o Ministério Público do Estado (MPE) no caso, o réu foi levado a julgamento como executor do crime mediante a promessa de recompensa. O prefeito foi morto no dia 11 de abril de 1996, por volta das 23h, nas dependências de sua casa, em Altos.
Cesar Leal foi morto em abril de 1996 (Foto: Arquivo Pessoal)
“Consta dos autos, que o condenado foi contratado pelo então ex-vice prefeito pela singela quantia de R$ 10 mil. Ele premeditadamente adentrou na residência da vítima sob o pretexto de pegar uma autorização para retirada de uma carrada de areia, quando então foi abordado pela vítima, que se recusou a entregar a autorização da forma como o acusado queria”, explicou o promotor ao Cidadeverde.com.
“Ato contínuo, o acusado esperou que a vítima virasse de costas e, em seguida, surpreendeu-a ao efetuar três disparos de arma de fogo à curta distância, atingindo-a no braço, ouvido e nuca, ocasionando-lhe os ferimentos que lhe determinaram a morte”, acrescenta João Malato.
Ainda segundo o promotor, logo em seguida, o acusado evadiu-se do local dos fatos, sendo preso em flagrante por agentes da polícia civil do extinto “Comando Corisco”.
“Este crime à época dos fatos causou grande repercussão na sociedade de Altos, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia do crime cometido, bem como, pela motivação político-partidária do fato criminoso”, relata João Malato.
O réu Antônio Orlando da Silva, que era apontado como o mandante da morte de César Leal, foi inocentado em março de 2016. Segundo o promotor João Malato, o julgamento foi anulado e um novo júri deve ser acontecer em breve.
Por: Hérlon Moraes
Fonte: Cidadeverde.com