O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou para o início do ano o leilão do aeroporto de Teresina. Será de fato um mega leilão que inclui outros 42 aeroportos, a maior parte de importância regional. A operação que passa à iniciativa privada esses equipamentos estava prevista para julho próximo, mas ainda em março foi adiada para janeiro em razão do impacto econômico da pandemia do novo coronavírus. Na época, grupos de investidores interessados na disputa pública justificaram a dificuldade para o leilão diante das incertezas geradas pela pandemia.
Ontem, Tarcísio de Freitas confirmou a realização do leilão, que vai incluir o primeiro bloco de 22 aeroportos (onde está o Petrônio Portella, de Teresina) e ainda outros 21 equipamentos aeroportuários que serão oferecidos à iniciativa privada. No caso do bloco dos 22 aeroportos, ele está dividido em três lotes que formam um conjuntos de equipamentos que se completam em termos de estratégias de transporte.
Confira os lotes
• Lote Sul: São 9 aeroportos, concessão com valor estimada em R$ 2,9 bilhões e movimentação de cerca de 12 milhões de passageiros no ano passado. Inclui dois aeroportos em Curitiba (Afonso Pena e Bacacheri), Londrina, Foz do Iguaçu, Navegantes, Joinville, Pelotas, Bagé e Uruguaiana.
• Lote Norte: São 7 aeroportos na Amazônia com movimentação em 2019 de 4,6 milhões de passageiros. A expectativa é arrecadar no leilão R$ 1,9 bilhão. Inclui os aeroportos de Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista, Tabatinga, Cruzeiro do Sul e Tefé.
• Lote Centro: São 6 aeroportos que em 2019 movimentaram 7,3 milhões de passageiros. O valor estimado para o leilão é de R$ 2,1 bilhões. Inclui Teresina, São Luís, Imperatriz, Petrolina Palmas e Goiânia.
Vencedor pode ter direito sobre novo aeroporto
Em Teresina, o agendamento do leilão do aeroporto Petrônio Portella trouxe uma discussão específica: qual o melhor, leiloar o “velho aeroporto” ou apostar em um novo equipamento aeroportuário? A solução parece incluir as duas alternativas. A Prefeitura Municipal fez gestões junto ao governo federal para que o vencedor do lote que inclui Teresina tenha o direito e o compromisso para construir um novo aeroporto.
A proposta de um novo sítio aeroportuário em Teresina vem sendo discutido desde 2012, quando o então governador Wilson Martins iniciou conversações para viabilizar um novo aeroporto. Os estudos iniciais feitos pelo governo federal não tiveram sequência. No ano passado, o prefeito Firmino Filho alertou o governo federal sobre essa demanda de Teresina e recebeu aceno positivo. Assim, o vencedor do Lote Centro ficaria com a tarefa de implantar o novo aeroporto.
Foto: Hérlon Moraes
Fonte: Cidadeverde.com